domingo, 13 de fevereiro de 2011


Quimeras Espirituais

Em nossas lucubrações (meditações longas e profundas), a respeito da vida espiritual, ou das chamadas Colônias Espirituais, buscamos subsídios nos Ensinamentos dos Espíritos Superiores, e raciocinando como é necessário, e de conformidade com os postulados Espíritas, chegamos a conclusão que esta idéia de Colônias Espirituais é no mínimo uma Falácia (Engano).
Podemos afirmar já de pronto, que este nosso artigo irá despertar a ira de alguns irmãos de “Doutrina”, porque na cabeça de muitos irmãos as comunicações de médiuns “famosos”, não podem ser questionadas, e logo seus argumentos são aqueles de que nós não temos competência para questionar estes “ensinamentos”.
Sabemos de nossas limitações quanto ao nosso conhecimento da Doutrina Espírita, e por isto estudamos a Codificação há muitos anos, além da consulta constante a Revista Espírita de Allan Kardec, coleção esta pouco conhecida no meio Espírita; mas que tem 12 volumes, que correspondem a 12 anos de pesquisas de Allan Kardec, a partir de 1858.
E foi justamente,e que é naturalmente o lógico, que encontramos os esclarecimentos acerca deste assunto.
Comecemos pelo “O LIVRO DOS ESPÍRITOS”, na questão 224- Que se torna a alma nos intervalos das encarnações?
-Espírito errante que aspira a seu novo destino; ele espera.

225. A erraticidade é, por si só, um sinal de inferioridade dos Espíritos?
“Não, porquanto há Espíritos errantes de todos os graus. A encarnação é um estado transitório, já o dissemos. O Espírito se acha no seu estado normal, quando liberto da
matéria.”

226. Poder-se-á dizer que são errantes todos os Espíritos que não estão encarnados?
“Sim, com relação aos que tenham de reencarnar. Não são errantes, porém, os Espíritos puros, os que chegaram à perfeição. Esses se encontram no seu estado definitivo.”

253. Os Espíritos experimentam as nossas necessidades e sofrimentos físicos?
“Eles os conhecem, porque os sofreram, não os experimentam, porém, materialmente, com vós outros: são Espíritos.”

254. E a fadiga, a necessidade de repouso,
experimentam-nas?
“Não podem sentir a fadiga, como a entendeis; conseguintemente, não precisam de descanso corporal, como vós, pois que não possuem órgãos cujas forças devam ser
reparadas. O Espírito, entretanto, repousa, no sentido de não estar em constante atividade. Ele não atua materialmente. Sua ação é toda intelectual e inteiramente moral o seu repouso. Quer isto dizer que momentos há em que o seu pensamento
deixa de ser tão ativo quanto de ordinário e não se fixa em qualquer objeto determinado. É um verdadeiro repouso, mas de nenhum modo comparável ao do corpo. A espécie de fadiga que os Espíritos são suscetíveis de sentir guarda relação com a inferioridade deles. Quanto mais elevados sejam, tanto menos precisarão de repousar.”
Ainda recomendamos os irmãos a ESTUDAREM O ITEM 257-ENSAIO TEÓRICO SOBRE A SENSAÇÃO NOS ESPÍRITOS.
Questão 1011-Um lugar circunscrito no universo está destinado ás penas e aos gozos dos Espíritos, segundo seus méritos?
-Já respondemos a essa questão.As penas e os gozos são inerentes ao grau de perfeição dos Espíritos.Cada um possui em si mesmo o princípio de sua própria felicidade ou infelicidade, e como eles estão por toda parte, nenhum lugar circunscrito, nem fechado, não está destinado a um antes que a outro. Quanto aos Espíritos encarnados, são mais ou menos felizes ou infelizes, conforme o mundo que eles habitem mais ou menos avançado.
Questão 1011-a.Segundo isso, o inferno e o paraíso não existiriam tal como o homem o representa?
-Não são senão figuras:há por toda parte Espíritos felizes ou infelizes.Entretanto, como também já o dissemos, os Espíritos de uma mesma ordem se reúnem por simpatia; mas podem compreender a essência infinita.
A localização absoluta dos lugares de penas e recompensas não existe senão na imaginação do homem. Provém da tendência a materializar e a circunscrever as coisas das quais eles não podem compreender a essência infinita.
A todos estes grandes apontamentos ainda podemos acrescentar a matéria da REVISTA ESPÍRITA do ano de 1859, com o título de “QUADRO DA VIDA ESPÍRITA”.
Ainda REVISTA ESPÍRITA DO ANO DE 1860- “CONVERSAS FAMILIARES DE ALÉM TÚMULO.
BALTHAZAR OU O ESPÍRITO GASTRÔNOMO.” MÊS DE NOVEMBRO.
Podemos ainda indicar para ainda um maior esclarecimento o livro:-“O CÉU E O INFERNO”,que deve ser estudado.
Um ponto importante acreditamos deve ser considerado por todos nós; é que trabalharam na codificação ESPÍRITOS SUPERIORES,sob o comando do ESPÍRITO DE VERDADE, o enviado de Jesus para nos trazer a mensagem “DO CONSOLADOR”;e portanto este ensino imune a distorções de qualquer natureza.
Então se permitem os irmãos, quero lhes dizer que entre a SABEDORIA DOS MESTRES, e a “OPINIÃO DOS APRENDIZES”, ficamos evidentemente com os MESTRES; ou seja ainda entre ESPIRITOS SUPERIORES E ESPÍRITOS DE ORDEM MEDIANA, ficamos com os primeiros.
Portanto como dissemos no início, para nós está muito claro que a questão das chamadas Colônias Espirituais é, repetimos uma Falácia; quando principalmente vemos nas narrativas destes livros, Espíritos dormindo, acordando e lavando o rosto(?!), tomando sopa, andando de veículos, tendo que morar em casas, e outras tantas asneiras.
Todos estes relatos destes livros são contrários as citações que fizemos acima dos livros da Codificação, e, portanto inaceitáveis.
Ainda o que vemos conforme a narrativa destes livros é a tentativa de “materializar” a ERRATICIDADE (NOME CORRETO DO INTERVALO ENTRE AS REENCARNAÇÕES), idéia esta retrógada ligada a tempos remotos, onde o homem imaginava lugares para suplícios ou bem aventuranças, pois não podia conceber de forma diferente devido a sua ignorância.
E para terminar nossa matéria colocamos a assertiva seguinte:-
“MEUS BEM AMADOS, NÃO ACREDITEIS EM TODOS OS ESPÍRITOS, MAS EXPERIMENTAI SE OS ESPÍRITOS SÃO DE DEUS, PORQUANTO VÁRIOS FALSOS PROFETAS SE ERGUERAM NO MUNDO”. (1 JOÃO 04:01).
JOSÉ ADOLFO HELUANI BUENO.
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-S.P.